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Brainspotting

Brainspotting (BSP) é um método idealizado como ferramenta neurobiológica para facilitar a promoção da cura. A técnica funciona ao identificar, processar e liberar as fontes neuropsicológicas de dor física e emocional que normalmente estão fora do alcance da mente consciente e de sua capacidade cognitiva e linguística.

O Brainspotting é utilizado com bastante êxito no tratamento de: ansiedade, asma, depressão, disfunções sexuais, drogadição, fibromialgia, fobias, gagueira, problemas de desempenho, problemas de raiva e fúria, TDAH, TEPT (Estresse pós-traumático), traumas físicos e/ou emocionais, traumas sexuais etc. 

Vídeo elaborado pela Associação Brasileira de Brainspotting.

O Dr. David Grand atua como psicoterapeuta clínico desde 1979. Iniciou sua carreira como Assistente Social em uma agência de reabilitação vocacional. Ali adquiriu grande conhecimento sobre como lidar com pessoas emocionalmente aniquiladas. Estruturou sua base de conhecimento na psicanálise e durante muitos anos se aperfeiçoou e adquiriu prestígio. Atingiu um nível que considerava satisfatório e estava satisfeito consigo mesmo. Foi então que a convite de seu amigo pessoal e psicoterapeuta Uri Bergmann, conheceu Francine Shapiro em um treinamento sobre EMDR. A princípio descrente, saiu de lá impressionado e disposto a utilizar o método. Aplicou em três pacientes em que o processo parecia estar bloqueado por algum trauma e ficou surpreso com o resultado. 


A partir daí trabalhou com EMDR ajudando pacientes a se libertarem de seus traumas, inclusive a atletas, atores e músicos a aprimorarem o desempenho e a criatividade. Organizou treinamentos humanitários na Irlanda do Norte e em Belford-Stuyvesant, uma comunidade urbana no Brooklyn, Nova York. Também auxiliou os sobreviventes do atentado de 11 de setembro em Nova York.


Desenvolveu e produziu a tecnologia de BioLateral Sound Recordings, utilizada mundialmente por diversos terapeutas.

História

Durante o trabalho com EMDR pode ocorrer uma estagnação em certas ocasiões, ou seja, o paciente pode deixar de seguir os movimentos feitos pelo terapeuta. O Dr. Grand observou esse fato e, ao invés de estimular o paciente a continuar seguindo os movimentos, experimentou manter os olhos fixos, onde se encontravam. Verificou que o processamento continuava. Passou então a trabalhar com alguns clientes, que também eram psicoterapeutas, com esta fixação do olhar. Esses clientes, por sua vez, também passaram a trabalhar assim com seus pacientes e constataram que o processamento fluía. Desse modo, o Dr. Grand continuou pesquisando e encontrado outras formas de estimulação. Surgia assim o Brainspotting. Atualmente o Dr. Grand divulga suas descobertas em vários países, treinando profissionais para a sua aplicação.

 

A abordagem

 

Brainspotting (BSP) é um método idealizado como uma ferramenta neurobiológica para facilitar a promoção da cura e funciona ao identificar, processar e liberar as fontes neuropsicológicas de dor física e emocional que normalmente estão fora do alcance da mente consciente e de sua capacidade cognitiva e linguística. Atua no cérebro profundo e no corpo, através de acesso direto aos sistemas autônomos e límbicos do Sistema Nervoso Central (SNC). O acesso a um brainspot tem consequências psicológicas, emocionais e físicas.

Um brainspot é um ponto específico no cérebro e pode ser localizado através da posição ocular. Ativando a emoção e a sensação corporal correspondente, o terapeuta pesquisa o campo visual do cliente em busca de respostas reflexas que sinalizem a existência de um brainspot. Ao encontrá-lo, pode ser acessado e estimulado mantendo fixa a posição ocular, enquanto o cliente focaliza a experiência somato-sensória que está trabalhando. Esse procedimento estimula um processo profundamente integrador e curativo dentro do cérebro que resulta num descondicionamento de respostas emocionais e fisiológicas mal-adaptativas que foram condicionadas anteriormente. Situações da vida que causam perturbações físicas ou emocionais podem se transformar em eventos traumáticos. Esses eventos permanecem gravados na mente inconsciente e se transformam em respostas automáticas em presença de situações disparadoras. Assim sendo, uma pessoa que foi traumatizada na infância por ficar presa em um quartinho escuro quando fazia alguma coisa errada, pode manifestar as mesmas sensações físicas e emocionais diante de um fato que se assemelhe ao trauma inicial, como pode exemplo, ante a iminência de uma punição por um erro cometido no trabalho.

O Brainspotting é um instrumento eficaz em localizar e dessensibilizar essas memórias emocionais e somáticas e permitir que o paciente retome o livre curso de sua vida.

A sessão de terapia

Após a decisão de usar Brainspotting o terapeuta verifica com o cliente o estado emocional que deseja trabalhar. Pede para que o cliente entre em contato com suas emoções e, após identificá-las, localizá-las no corpo. Verifica o grau de perturbação através de um escala de 0 a 10. Mantendo a emoção e a sensação presentes na mente, inicia-se a pesquisa dos brainspots correspondentes. Assim, o terapeuta solícita que o cliente acompanhe a movimentação de uma ponteira que é conduzida vagarosamente no seu campo visual até que seja localizado um brainspot. Quando o brainspot é localizado o terapeuta para de mover a ponteira e aguarda que o processamento interno se realize. De tempos em tempos verifica com o cliente como está o processamento e depois parte para pesquisar e estimular outros pontos. O objetivo final é que, ao se verificar novamente na escala de 0 a 10, o valor encontrado seja completamente nulo. Caso isso não ocorra, continua-se em outras sessões.

 

Embora possa haver mudanças desde a primeira sessão, o processo completo pode levar algumas sessões, de acordo com sua complexidade.

 

Para melhorar o processamento cerebral pode-se utilizar ainda sons bilateralizados, que atingem o cérebro através dos nervos auditivos, que são percebidos alternadamente pelos dois hemisférios cerebrais.

 

Algumas considerações

 

Essa é uma Abordagem muito recente, desenvolvida a partir de 2001. É uma forma muito eficaz de acessar e dessensibilizar traumas emocionais e sensoriais. Do mesmo modo que o EMDR, o cliente é levado à dissociação e mantém a atenção dual (consciente e inconsciente) durante todo o processo. Tem a seu favor a facilidade de aplicação, com protocolo simplificado de atendimento. Possui também uma variedade de técnicas que permite ao terapeuta saltar sobre elas para facilitar o processo terapêutico.

Até o momento todos os cursos de formação foram ministrados diretamente pelo Dr. David Grand, mas agora o Brasil possui os dois primeiros treinadores certificados da Abordagem, que são os psicólogos Esly Regina Souza de Carvalho e André Maurício Monteiro.

Este resumo se baseou nas informações fornecidas no curso de formação, na apostila do curso e em explicações sobre Brainspotting fornecidas no site www.biolateral.com.

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